sábado, 14 de abril de 2012

Tua engenharia



Sou fruto da Tua construção... 
Fui feita silenciosamente, dia a dia, com a precisão 
da Tua Engenharia... 
Minha mente e minha lógica, previamente estudadas, transformaram-se em cálculos e fórmulas de um projeto 
a que chamastes de "escrava em construção". 
Deletaste a palavra "renúncia" da minha mente. No lugar dela colocastes "unidade", porque querias uma escrava/parceira 
que nunca perdesse a individualidade. E nesse 
momento a primeira regra era escrita: "Te proíbo de te 
anulares, te quero pensante." 
Depois era a vez da palavra "adoração" ser deletada e substituída por "admiração" E nesse momento aprendi que assim como 
as escravas, os Doms também têm limites, fraquezas e erros. 
E escrevestes a segunda regra: "Não me endeuse, admire-me e respeite-me como homem, falível e com limitações" 
A próxima palavra a ser deletada era "obediência cega". 
E passastes a escrever a terceira regra: "Questione sempre 
e tudo". Que sentido tem o castigo, se quem o recebe não 
conhece as razões? 
Era chegada a vez da palavra rebeldia. E a ela destes grande destaque. E contruistes a escrava que se rebela quando não 
recebe atenção. E assim aprendi que falta de atenção e carinho não são castigos, mas demonstrações de insegurança e de imaturidade. E veio então o arremate final. Com a palavra liberdade, quase a ofuscar todas as outras, terminavas 
a minha construção. 
E pela primeira vez, questionei e rebelei-me, como fui
 programada por Ti a reagir. E com a maestria do Criador... 
me mostraste então a personalidade final da tua criatura. 
Livre, independente, rebelde, imponente e guerreira. Incapaz 
de curvar-se a quem quer que seja. 
Diante dessa visão, senti raiva e indignação pelo resultado 
da Tua construção... e quando tentei reagir... deparei-me 
com o seu olhar firme e sereno a me perguntar "Tem algo 
para me dizer? ... E de olhos baixos e alma curvada respondi... "Não, Senhor..." E com um sorriso vitorioso...assinastes e 
destes nome a escrava construída e regida pelos teus (e hoje nossos) princípios e desejos... 
 

domingo, 8 de abril de 2012

Meu (futuro) Dono ...



(...) O meu homem perfeito apesar de não ter rosto definido ( é sério; nunca consegui imaginar ) me agrada em todos os sentidos... Seus braços me envolvem e me dão proteção, Suas mãos me seguram com energia, mas sem perder a ternura.

Quero um homem que me faça tremer ao ouvir Sua voz, que me imponha respeito e admiração, que ordene com brandura e que seja atendido pelo simples fato de ser Ele.

Quero um homem a quem possa me entregar por completo, sem medo, que tenha ingerência total sobre a minha pessoa e saiba decidir a melhor forma que eu possa servi-Lo, que me mostre o caminho e o percorra comigo, que saiba se impor na mais simples das atitudes, que eu possa confiar.... me deixe exausta de tanto prazer... que saiba ensinar ...

Que me queira sempre bela como um objeto caro, que chegue de surpresa e teste a minha obediência... que não hesite em me castigar, mas que seja doce e me faça sonhar ... que povoe meus pensmentos, entre sem pedir licença nos meus devaneios mais secretos, faça parte da minha vida como o ar que respiro, que seja cruel na medida certa mas, também que saiba me fazer sorrir.

Quero um homem que me inspire devoção e que saiba cultiva-la, que me queira só sua e que também, eu, possa ser uma fonte do seu prazer... quero estar em Suas mãos, quero ser controlada, quero ser escrava do Seu desejo quero sentir a alegria de satisfaze-lo e retribuir todo o prazer que sinto por ser propriedade Dele... E é uma felicidade diferente, quase explosiva saber que pertencemos a alguém de uma maneira tão especial, tão completa, tão fora dos padrões convencionais.

Procuro um homem que seja meu Dono, que pense como eu, que não ache tudo isso muito esquisito, que seja sério, me compreenda e viva comigo essa fantasia e que entenda que, antes de qualquer coisa, sou uma mulher igual às outras, apenas um pouco menos convencional. 

( Fonte: Site do Carcereiro )
 

Aceitação e florescimento ...



" Uma escrava floresce no fato absoluto, de que ela 
literalmente não tem controle sobre o relacionamento 
ou o que vai acontecer nele. Seu processo de pensamento 
foca somente no que faria o Senhor mais contente e no 
como pode ser mais prazerosa a ele.  
Escravas trabalham duro para porem-se em segundo
 lugar em todas as coisas, e seus Donos em primeiro. 
Para elas, isto é o que resulta de ser uma escrava 
e submeter-se completamente. 
Escravas se esforçam muito em conquistar uma paz 
interior com sua posição escolhida. 
Com essa paz, vem a aceitação de si mesmas, e um quieto 
senso de contentamento. "

( Fonte: Site do Carcereiro )

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Seu poder sobre mim...




" Não é a apenas a coleira com Seu nome que me prende 
ao Senhor...
Não é também apenas Suas mãos...
Mas sim Seu poder em me dominar mesmo que a distancia ...
É esta reação que provoca em mim apena com um olhar...
Me sinto amarrada ao Senhor mesmo sem cordas...
Sinto Seu poder sobre mim, sinto o calor de Seu olhar, 
quero servi-Lo pelo que faz de mim...
Quero servi-Lo pelo que me tornei desde a primeira 
vez que me curvei diante do Senhor...
Quero servi-Lo pelo que sinto quando 
estou sob seus pés... "

Suave tristeza da submissão ...



A Submissão quando floresce, apresenta uma beleza 
de suave tristeza e doce acolhimento, como a nos consolar, convidando-nos para deflorá-la sem escrúpulos ou piedade. Aparece como uma brisa cálida que excita as emoções, 
com sua suave tristeza desfilam em ruas e becos exalando 
um perfume de lotos em flor, mais do que meu olfato 
desperta os meus olhares e as minhas memórias.

Seu choro contido é a música mais doce do mundo. Adoro 
as notas musicais da garganta engasgada pelo pranto 
sufocado em razão das feridas deixadas em suas sensações
 pelo meu sadismo que ardem, mas não infectam. Delas jorram melancolia, alucinações e dor em vez de sangue. Quando 
em meu paciente oficio de sacerdote do sadismo sigo a 
liturgia de um ritual pervertido e perversor no altar da 
lasciva que desenvolve lentamente sorvendo a essência da oferenda que se abandona em sacrifício suavemente triste 
em absoluta submissão e quando toda celebração termina, 
tudo se acalma de novo dentro de mim. Então vou para o 
trabalho, vou para o cotidiano e não penso mais nisso. 
Não tenho remorsos, apenas fico saciado de prazer e vivo 
as delicias do paladar adocicado da alma submissa que 
se deu em oferenda no altar do meu sadismo.

A Submissão tem uma tristeza simpática, doce, atraente 
e sedutora. Nunca descobrirei a causa de esta suave tristeza 
ser tão deliciosamente atraente, mas decide que nunca 
hei-de investigá-la. Não desejo saber tudo. Desconfio que 
seja por eu ser, por natureza, o oposto de curioso. Sinto-me perfeitamente feliz deixando esse mistério como mais um ingrediente encantador da natureza submissa. A tristeza da submissa é tão terrivelmente pura e autosatisfeita que se 
ofende quando alguém tenta passá-la à frente. Castiga 
quem se aproxima com a intenção de interpretá-la e 
desvende-la. O nosso desejo é sempre mais forte quando 
não sabemos tudo, fica sempre o convite para ir mais alem. 
A submissão me encontra onde quer que seja, eu apenas 
a espero. Deixo-a acariciar-me. Como devo dizer? A 
tristeza suave da submissa é um choro melodioso, uma 
evocação ao meu sadismo.

( Um texto de Dom Resende )

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O que é indispensável a uma escrava...




Jot@SM: É obvio que cada Mestre tem sua escrava ideal. 
A do Mestre sádico é a masoquista, a do Dominador a 
submissa, a do Bondagista a que se agrade desta prática 
e por aí vai...
O que é indispensável a uma escrava, é a sua honestidade. 
Que ela seja escrava mesmo, descubra seu dom e faça 
o BDSM pelo BDSM e não por outros motivos escusos. 
Que seja exigente na escolha do Mestre, para que ela 
seja a escrava ideal dele, mas ele tambem o seu Mestre ideal.
Quanto a mim, pelo meu estilo, meu jeito de dominar, 
minhas preferências, experiência e visão do BDSM, tenho hoje como protótipo da escrava ideal, a escrava ORGULHOSA.
Quando falo “orgulhosa”, não falo da escrava manhosa, 
com vontades ou prepotente/rebelde. Falo daquela 
que tem orgulho de estar sendo escrava e tentando 
ser a melhor. Aquela que não é nem se sente inferior 
por sê-la, muito pelo contrário. Ela sabe o valor da sua 
entrega e o poder da sua personalidade. É uma escrava 
que leva uma forte bofetada sem virar o rosto e ainda 
olha para o Mestre, sem manhas ou rancores, pronta 
a receber a próxima. É a escrava que obedece às ordens à distância do Dono, mesmo que ele não possa confirmá-las, 
pois sua submissão é seu deleite tambem. É a escrava que 
apanha sem chorar, ou que chora quietinha, pois tem 
orgulho em suportar a dor para prazer de seu Dono e 
não quer atrapalhar este momento com seu choro ou com 
suas súplicas inúteis. É a escrava que gosta não só 
de praticar, mas também de estudar e debater o BDSM, 
 visando sempre evoluir. É a escrava que desmaia de dor 
para não pedir a safeword que lhe foi concedida à poucos instantes, só porque sabe que sua dor esta sendo deleite 
para seu Dono e não quer parar de ter esta dedicação. 
É a escrava que em casa namora suas marcas no espelho. 
É a escrava que foi descoberta extraída e lapidada pelo 
seu Mestre, mas que também o lapida a cada instante, pois 
sabe tambem extrair dele o caráter, a seriedade, a honra 
e a dignidade que lhe cabe. É a escrava que não quer 
se estagnar na mesmice e mediocridade a que leva à 
covardia de superar limites, mas sim, quer sempre ir 
além de suas próprias limitações. Não por imposição, 
mas por vaidade. Que põe o chicote na mão do Dono 
quando ele em seus carinhos acaba por esquecer um 
pouco do açoite. É a escrava que além de escrava, 
sabe ser tambem amiga, como do Mestre merece e 
tem toda a amizade. É a escrava que nos encontros, 
sem seu Dono, olha com firmeza nos olhos de quem a deboche, batendo forte sobre o J da coleira que porta orgulhosa. 
É a escrava que deve respeito aos demais Mestres sim, 
mas nunca obediência ou subjulgo. Porque esta é uma 
escrava para poucos. Uma escrava que faz o Mestre caricato perder suas convicções ou usar a desculpa de que ela 
é prepotente para justificar sua fraqueza, e que faz os mestrelhecos caírem de quatro aos seus pés. Mas não só eles. 
Pois ela é uma escrava que cultiva a admiração e o respeito 
até do mais frio e seco Dominador, não com sua beleza, 
mas com seu jeito sincero e ORGULHOSO de ser “E”scrava.
Esta é a minha escrava ideal. A escrava que me faz sentir “M”estre por tê-la. Porque ela não é inferior, muito 
pelo contrário ... sua superioridade é que me deixa 
mais superior ainda, pois ela põe toda sua PODEROSA SUBMISSÃO aos meus pés.  

(Um texto de Mestre Jot@SM)
 

Ainda que ...




" Ainda que o Sol não venha para dar a luz, 
o Senhor será  o meu Dono.
Ainda que a Luz torne-se em escuridão, 
ainda assim serás o meu Sr.
Ainda que o tempo leve embora minhas forças, 
ainda assim serás o meu Mestre. 
Ainda que nasça dentro de mim vontade de larga 
tudo e sumir, ainda assim serás o meu Dono. 
Ainda que o mar venha afogar meus desejos e anseios, 
ainda assim serás o meu Dono. 
Ainda que o mundo todo desabe sobre a minha cabeça, 
ainda assim serás o meu Dono. 
Ainda que uma guilhotina esteja sobre minha cabeça, 
ainda assim serás o meu Sr. 
Ainda que eu ame mais e seja menos amada, ainda 
assim serás o meu Dono. 
Ainda que todo o mundo e minha família vire as costas 
para mim, ainda assim serás o meu Dono. 
Ainda que o Tu vires as costas para mim no momento 
de maior dor e sofrimento da minha vida, ainda assim 
serás o meu Dono. 
Ainda que as dores sejam tão insuportáveis a ponto de 
desejar a morte, ainda assim serás o meu Dono. Ainda 
que tudo isso e muitas outras coisas me aconteçam de mal, 
ainda assim serás o meu Dono. 
Quem sou eu para que Te lembres de mim.Um objeto ? 
Sim, sou apenas um objeto, tenho acesso a Ti para me 
humilhar e clamar: "Misericórdia, Senhor, misericórdia" .
Ainda que minha condenação fosse decretada, o Senhor 
em seu juízo estaria sendo justo. 
Sou miserável, pobre, cega e nua que nada mais merece 
do que a condenação pelos meus erros. 
Sou incapaz de me justificar, sou incapaz de me ajudar 
A Ti Senhor, a honra, a Glória, o Domínio e a 
autoridade de sua escrava. "

 (Um texto de Dom Resende)