quarta-feira, 4 de abril de 2012

O que é indispensável a uma escrava...




Jot@SM: É obvio que cada Mestre tem sua escrava ideal. 
A do Mestre sádico é a masoquista, a do Dominador a 
submissa, a do Bondagista a que se agrade desta prática 
e por aí vai...
O que é indispensável a uma escrava, é a sua honestidade. 
Que ela seja escrava mesmo, descubra seu dom e faça 
o BDSM pelo BDSM e não por outros motivos escusos. 
Que seja exigente na escolha do Mestre, para que ela 
seja a escrava ideal dele, mas ele tambem o seu Mestre ideal.
Quanto a mim, pelo meu estilo, meu jeito de dominar, 
minhas preferências, experiência e visão do BDSM, tenho hoje como protótipo da escrava ideal, a escrava ORGULHOSA.
Quando falo “orgulhosa”, não falo da escrava manhosa, 
com vontades ou prepotente/rebelde. Falo daquela 
que tem orgulho de estar sendo escrava e tentando 
ser a melhor. Aquela que não é nem se sente inferior 
por sê-la, muito pelo contrário. Ela sabe o valor da sua 
entrega e o poder da sua personalidade. É uma escrava 
que leva uma forte bofetada sem virar o rosto e ainda 
olha para o Mestre, sem manhas ou rancores, pronta 
a receber a próxima. É a escrava que obedece às ordens à distância do Dono, mesmo que ele não possa confirmá-las, 
pois sua submissão é seu deleite tambem. É a escrava que 
apanha sem chorar, ou que chora quietinha, pois tem 
orgulho em suportar a dor para prazer de seu Dono e 
não quer atrapalhar este momento com seu choro ou com 
suas súplicas inúteis. É a escrava que gosta não só 
de praticar, mas também de estudar e debater o BDSM, 
 visando sempre evoluir. É a escrava que desmaia de dor 
para não pedir a safeword que lhe foi concedida à poucos instantes, só porque sabe que sua dor esta sendo deleite 
para seu Dono e não quer parar de ter esta dedicação. 
É a escrava que em casa namora suas marcas no espelho. 
É a escrava que foi descoberta extraída e lapidada pelo 
seu Mestre, mas que também o lapida a cada instante, pois 
sabe tambem extrair dele o caráter, a seriedade, a honra 
e a dignidade que lhe cabe. É a escrava que não quer 
se estagnar na mesmice e mediocridade a que leva à 
covardia de superar limites, mas sim, quer sempre ir 
além de suas próprias limitações. Não por imposição, 
mas por vaidade. Que põe o chicote na mão do Dono 
quando ele em seus carinhos acaba por esquecer um 
pouco do açoite. É a escrava que além de escrava, 
sabe ser tambem amiga, como do Mestre merece e 
tem toda a amizade. É a escrava que nos encontros, 
sem seu Dono, olha com firmeza nos olhos de quem a deboche, batendo forte sobre o J da coleira que porta orgulhosa. 
É a escrava que deve respeito aos demais Mestres sim, 
mas nunca obediência ou subjulgo. Porque esta é uma 
escrava para poucos. Uma escrava que faz o Mestre caricato perder suas convicções ou usar a desculpa de que ela 
é prepotente para justificar sua fraqueza, e que faz os mestrelhecos caírem de quatro aos seus pés. Mas não só eles. 
Pois ela é uma escrava que cultiva a admiração e o respeito 
até do mais frio e seco Dominador, não com sua beleza, 
mas com seu jeito sincero e ORGULHOSO de ser “E”scrava.
Esta é a minha escrava ideal. A escrava que me faz sentir “M”estre por tê-la. Porque ela não é inferior, muito 
pelo contrário ... sua superioridade é que me deixa 
mais superior ainda, pois ela põe toda sua PODEROSA SUBMISSÃO aos meus pés.  

(Um texto de Mestre Jot@SM)
 

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