Jot@SM: É obvio que cada Mestre tem sua escrava ideal.
A do Mestre sádico é a masoquista, a do Dominador a
submissa, a do Bondagista a que se agrade desta prática
e por aí vai...
O que é indispensável a uma escrava, é a sua honestidade.
Que ela seja escrava mesmo, descubra seu dom e faça
o BDSM pelo BDSM e não por outros motivos escusos.
Que seja exigente na escolha do Mestre, para que ela
seja a escrava ideal dele, mas ele tambem o seu Mestre ideal.
Quanto a mim, pelo meu estilo, meu jeito de dominar,
minhas preferências, experiência e visão do BDSM, tenho hoje como protótipo da escrava ideal, a escrava ORGULHOSA.
Quando falo “orgulhosa”, não falo da escrava manhosa,
com vontades ou prepotente/rebelde. Falo daquela
que tem orgulho de estar sendo escrava e tentando
ser a melhor. Aquela que não é nem se sente inferior
por sê-la, muito pelo contrário. Ela sabe o valor da sua
entrega e o poder da sua personalidade. É uma escrava
que leva uma forte bofetada sem virar o rosto e ainda
olha para o Mestre, sem manhas ou rancores, pronta
a receber a próxima. É a escrava que obedece às ordens à distância do Dono, mesmo que ele não possa confirmá-las,
pois sua submissão é seu deleite tambem. É a escrava que
apanha sem chorar, ou que chora quietinha, pois tem
orgulho em suportar a dor para prazer de seu Dono e
não quer atrapalhar este momento com seu choro ou com
suas súplicas inúteis. É a escrava que gosta não só
de praticar, mas também de estudar e debater o BDSM,
visando sempre evoluir. É a escrava que desmaia de dor
para não pedir a safeword que lhe foi concedida à poucos instantes, só porque sabe que sua dor esta sendo deleite
para seu Dono e não quer parar de ter esta dedicação.
É a escrava que em casa namora suas marcas no espelho.
É a escrava que foi descoberta extraída e lapidada pelo
seu Mestre, mas que também o lapida a cada instante, pois
sabe tambem extrair dele o caráter, a seriedade, a honra
e a dignidade que lhe cabe. É a escrava que não quer
se estagnar na mesmice e mediocridade a que leva à
covardia de superar limites, mas sim, quer sempre ir
além de suas próprias limitações. Não por imposição,
mas por vaidade. Que põe o chicote na mão do Dono
quando ele em seus carinhos acaba por esquecer um
pouco do açoite. É a escrava que além de escrava,
sabe ser tambem amiga, como do Mestre merece e
tem toda a amizade. É a escrava que nos encontros,
sem seu Dono, olha com firmeza nos olhos de quem a deboche, batendo forte sobre o J da coleira que porta orgulhosa.
É a escrava que deve respeito aos demais Mestres sim,
mas nunca obediência ou subjulgo. Porque esta é uma
escrava para poucos. Uma escrava que faz o Mestre caricato perder suas convicções ou usar a desculpa de que ela
é prepotente para justificar sua fraqueza, e que faz os mestrelhecos caírem de quatro aos seus pés. Mas não só eles.
Pois ela é uma escrava que cultiva a admiração e o respeito
até do mais frio e seco Dominador, não com sua beleza,
mas com seu jeito sincero e ORGULHOSO de ser “E”scrava.
Esta é a minha escrava ideal. A escrava que me faz sentir “M”estre por tê-la. Porque ela não é inferior, muito
pelo contrário ... sua superioridade é que me deixa
mais superior ainda, pois ela põe toda sua PODEROSA SUBMISSÃO aos meus pés.
(Um texto de Mestre Jot@SM)
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