sexta-feira, 11 de maio de 2018

Escrava...


Ser escrava é saber obedecer. 
Sempre.
Ser escrava significa silenciar-se, 
especialmente quando é difícil.
O olhar orgulhoso baixo sempre à frente do Mestre.
A humildade é necessária, o tom sempre apropriado.
O RESPEITO ABSOLUTO DEVE-se em todas as circunstâncias.
Ser escrava é ser livre de consciência.
Usar uma coleira é uma escolha, 
uma escolha que tem um significado.
Não é um jogo.
Ceder o controle de si nunca é.
É um ato de confiança.
É confiar cada parte de nós nas mãos 
Daquele que aperta a guia.
Aquela guia que nos leva para onde 
quer que Ele queira.
Dentro dos nossos medos.
No Centro das nossas fragilidades.
No limite de nós.
Para além do que poderíamos ter imaginado.


Ser escrava significa aprender a ser forte 
através das lágrimas descontroladas.
Ser escrava ensina-te a controlar as tuas 
emoções enquanto te explodem e te assolam.
A escrava renuncia.
A escrava está à espera.
A escrava nunca pede e agradece por tudo.
A força de uma escrava é muita.
Suporta toda a frustração.
Ela consegue vergar-se à humilhação.
Usada e abusada nunca perde a sua dignidade.
Tem sempre clara a sua prioridade: 
a satisfação total Daquele a quem pertence.
Saber ser adequada.
Satisfazer o Mestre.
Isso completa a escrava.
O prazer do Mestre é sempre parte 
integrante do seu prazer.


Nem sempre é fácil ser uma escrava.
Mas é a parte de mim sem a qual não sou eu.
E nada é muito difícil se te permite viver 
de forma completa.
Não te vou combater mais escrava 
que me pertences.
Tu fazes-me nua e exposta.
Porque a escrava é assim.
Não tenho qualquer proteção.
Mas deixa-me ser livre.
Então, eu arrisco.
Porque preciso dessa liberdade que só 
Tu me fazes sentir.
E, mais uma vez, confio.
Só assim posso ser escrava.
Só assim posso ser eu.


(Essenza del BDSM)

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